LIBERALITAS JULIA

Estórias d´Évora

domingo, janeiro 27, 2008

Poema do comunista à democracia

V. Ex.a é tolo e sabe porquê?
porque me apetece. tolo, tolo, tolo.
e se não lhe chega eu acrescento: burro, burro, burro.
E se não se intimidar eu começo com: incompetente.
Continua o seu caminho? corrupto, corrupto, corrupto.
e se ainda assim passar incólume eu adianto: ladrão, ladrão, ladrão.
Ora se v.ex.a se mostra indiferente eu não desisto
e insisto, filho da puta, puta, puta.
Até pode ser que nada disto o aborreça e, se for preciso, eu meto a sua mulher e a sua família ao barulho.
Mas se nem isso o demove não pense que eu desisto.
hei-de maltratar o seu nome até que alguma coisa cole.
porquê?
porque simplesmente não o suporto mais a sua mania de falar, falar e os outros o ouvirem.
E só espero não morrer antes de si para poder acabar o meu trabalho no seu funeral.

in "poema do comunista à democracia"