LIBERALITAS JULIA

Estórias d´Évora

sexta-feira, setembro 15, 2006

O PCP e os TERRORISTAS



"Ingrid Betancourt Pulecio nasceu em Bogotá, na Colômbia, no dia de Natal de 1961, é casada e tem dois filhos. Em 2001 decidiu candidatar-se à Presidência da República do seu país e foi raptada pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia em 2002.

As FARC são uma organização classificada pela União Europeia como terrorista.

As FARC financiam-se através de extorsão, roubo, tráfico de droga e tem sequestradas mais de 3.000 pessoas, entre as quais a candidata à Presidência da Colômbia.

Entre outras actividades, realizam atentados de que resulta a morte de muitos civis.

São amigos do Partido Comunista Português, que decidiu convidá-las para a Festa do Avante, na Quinta da Atalaia, por intermédio da revista Resistência, seu órgão oficial."

Parcialmente transcrito do TomarPartido e sem necessidade de nada mais acrescentar sobre tais "gentes".

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

A gloriosa "democratização" do Afeganistão descrita por quem lá está, de arma na mão e credo na boca:
«Estamos a arrasar locais que já tínhamos arrasado antes, mas os ataques continuam a vir. Matámo-los às dezenas, mas eles continuam a vir, quer localmente, quer através da fronteira»
Usámos bombardeiros B1, Harriers, F16s e Mirages 2000. Despejámos bombas de 500 de 1000 e até de 2000 libras. A determinado ponto, os nossos Apaches esgotaram os mísseis, de tantos que dispararam. Qualquer movimento no terreno sofre emboscadas. Precisamos dum grupo de batalha completo para movimentar o quer que seja.»


É impressão minha, ou está a ficar parecido com um Vietnam montanhoso e frio?...


Isto lembra até um episódio decorrido não há muito tempo. Em 1998, falando ao Nouvel Observateur, Zbigniew Brzezinski, assessor do Presidente Americano, Jimmy Carter, gabava-se, muito ufano:
"Aquela operação secreta foi uma excelente ideia. Teve o condão de arrastar os Soviéticos para a armadilha Afegã (...) No dia em que os Soviéticos atravessaram oficialmente a fronteira, escrevi ao Presidente Carter. 'Temos agora a oportunidade de oferecer à União Soviética o seu Vietnam'. E com efeito, durante quase dez anos, Moscovo teve que arcar com uma guerra insuportável para o governo, um conflito que acarretou a desmoralização e, finalmente, o colapso da União Soviética.»


A que "Operação secreta" se referia ele?
Há dias atrás, num discurso à Comissão de negócios Estrangeiros do Parlamento Europeu, o presidente do Paquistão e grande aliado do Ocidente (entenda-se, Estados Unidos) na área, foi esclarecedor:
“Nós lançámos uma Jihad, recrutámos mujahideens de todo o mundo, nós, os Estados Unidos e o Ocidente... Armámos os talibãs e enviamo-los para o Afeganistão; fizemo-lo juntos. Em 1989, todos abandonaram o Paquistão com os 30.000 mujahideens armados que lá estavam, mais os Talibãs associados"


Portanto, e recapitulando, o monstro frankenstein que anda actualmente à solta no Afeganistão - e, segundo teses americanas, pelo mundo em geral -, a Besta negra que ameaça os sagrados fundamentos da Civilização Ocidental foi engendrada, nutrida e largada no mundo pelos próprios americanos e ocidentais (leia-se, neste caso, Ingleses), através do prestável Paquistão, que, muito gentilmente, disponibilizou as instalações e terrenos para o sinistro laboratório.
Quer dizer, mais que aos caprichos duma corja de doidos, isto avança aos solavancos alucinados e frívolos duma súcia de aprendizes de feiticeiro: ora criando monstruosidades cujo controlo invariavelmente lhes escapa, ora bufando, ó tio ó tio, atrás do rasto de destruição dos seus frankensteinezinhos desembestados. Agora estão na segunda fase. E não é nada divertida, a dita cuja. Porque divertida é a primeira, a de criar monstrinhos. Por isso mesmo, sempre que dão consigo na segunda, os nossos troca-tintas inveterados reconvertem rapidamente à primeira. Isto é, desatam a engendrar e adestrar um novo monstro para dar cabo do monstro antigo, doravante rebelde e endemoinhado. O problema é que cada novo frankenstein é pior que o anterior, mais instável, raivoso e destrambelhado, pelo que a resolução duma ameaça redunda logo noutro perigo ainda maior.
Compilemos os últimos episódios da extravagante saga: depois de subsidiarem a besta nazi contra o alastramento do monstro soviético, aliaram-se ao monstro soviético para darem cabo do besta nazi; a seguir, fabricaram o monstro do fundamentalismo islâmico para arruinarem o horror comunista; agora apostam na besta imperial de mão dada com a aberração sionista, qual Tirésias bêbado guiado por um fedelho autista, e confiam piamente numa tal aliança dinâmica para desactivar a monstruosidade islâmica.
Com tamanha - tão permanente, desarvorada e frenética - teratomaquia (combate de monstros), há uma pergunta que forçosamente se impõe: Mas afinal moramos onde - na Civilização Ocidental ou no "Apocalipse segundo S. João"?...

10:26 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Tortura e coacção:
Com esta subtil distinção, o embaixador americano em Lisboa (que sorte tivemos com esta "aquisição") resolve o complicado problema com que Bush se tem defrontado. Afinal a coisa é simples: a tortura, sim, é proibida, mas já não a coacção. E "coacção" tem um campo semântico muito vasto: vai desde "levantar a voz" face a alguém até... bom, até onde ele não disse, mas talvez não seja difícil de adivinhar, atendendo a que o mesmo senhor defende o prosseguimento da estratégia até agora seguida e anuncia mesmo (para que fique claro) que as prisões secretas vão continuar e nos mesmos locais e que os nomes dos detidos só serão revelados quando assim o entenderem os captores.
Depois de tudo isto parece que teremos de reconhecer que os "métodos" outrora utilizados pela PIDE se enquadrariam perfeitamente no conceito de "coacção". Tanto protesto, tanta acusação de "torturas" para afinal nos virem agora dizer que tudo aquilo é admissível e legítimo. Quando praticado pelo Império do Bem, evidentemente.

E que tal comentar este assunto, as prisões e os voos secretos da CIA a passar por Portugal, Guantánamo, etc.

10:50 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Vale a pena lembrar que, segundo os mesmos detectores de terrorrismo, Nelson Mandela foi «terrorista» antes de ser presidente da África do Sul sem apartheid e Prémio Nobel da Paz, e que Augusto Pinochet, apesar de impune, continuará sendo sempre um ditador embora nunca tenha sido acusado de terrorista.
Mas isso que interessa...

5:13 da tarde  

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