LIBERALITAS JULIA

Estórias d´Évora

domingo, novembro 02, 2008

Pobre Pátria


Numa manifestação de espirito de casta, militares agastados com o perder de privilégios, ameaçam...

Nacionalização de um banco administrado ao longo da sua existência por ex-ministros e pretendendo o Banco de Portugal desconhecer o descalabro a que o mesmo era conduzido...

Comunistas contra as nacionalizações, esfregando as mãos com as lamurias castrenses...

Socrates, vende "Magalhães" na América do Sul...
Em Évora continuamos, com o total silêncio, sobre as Casas de Função, os carros, os telemoveis e os Cartões de Credito (espero que não sejam do BPN), das empresas Municipais...

4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Tropa: quando ouvi Loureiro dos Santos dizer, numa TV, que temia revoltas militares devido à insatisfação no sector, comentei aqui em casa que ele estava a incitar à revolta ao mesmo tempo que dizia não estar a fazê-lo. Tinha razão, e felizmente mais gente se apercebeu do facto. Ter acesso a armas - ou acesso privilegiado a quem tem acesso a armas - é um poder tão grande e tão especial que deve ser usado com extrema responsabilidade. Ninguém faz nada a este Loureiro dos Santos? E ao Vasco Gonçalves (ai, Lourenço) que o secundou? Muito civilizados, mas se for preciso apontar-nos uma arma...

11:18 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

"O gonçalvismo que andava latente no espírito de todo o social-democrata converso (porque todos hoje são sociais-democratas) reergue-se rangendo, qual Nosferatu a sair da tumba, ao chamamento das «nacionalizações». Que importa que agora se nacionalize apenas a fruta podre? Interessa é que a clientela caduca ainda estremeça com o frisson das velhas benesses, sonhando com ocupações e saneamentos e «conquistas de Abril»."

lido no Jansenista

6:03 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Vivam as nacionalizações socialistas!

7:27 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

No Publico, o general Loureiro dos Santos dá a conhecer a insatisfação que grassa entre os ramos da forças armadas.Esta deve-se a diversas situações com as quais os militares se sentem indignados nomeadamente a desprestigiação da profissão aos olhos da opinião publica, dos constantes atropelos por parte do estado a dignidade militar e as constantes humilhações sofridas pelos homens de farda.Recomendo leitura atenta do artigo.
Aqui há uns meses o meu caríssimo amigo e co-blogger eddie felson escreveu este post no qual dava conta de uma entrevista do também general Garcia Leandro,na qual este avisava da crescente insatisfação geral na sociedade portuguesa.
Loureiro dos Santos vai mais longe.Neste caso a insatisfação não é da sociedade é dos militares, insatisfação perante a forma como são tratados pelo regime em vigor, que segundo as palavras do general "eles ajudaram a construir".
Não quer isto dizer que os militares se preparam para o destruir, longe disso não leio a entrevista como uma ameaça nem considero que seja um cenário previsível qualquer espécie de golpe militar. Só acho interessante a maneira como o general se refere a situação, ele diz que a insatisfação se faz notar, não só nas altas chefias, mas também, nas patentes mais baixas, capitães incluídos...
Um militar assiste á dificuldade que os estropiados de guerra têm em obter apoios do estado, assiste depois a um inútil, como os há tantos por ai espalhados, que, tendo exercido um qualquer cargo governativo por 8 anos leva para casa uma principesca pensão vitalícia do estado.Assiste depois a perda de regalias e direitos ao mesmo tempo que vê o governo a ser cheio de assessores, directores gerais , etc que apresentam como único curriculum o cartão do partido.Assistem ainda a deterioração do material militar, ao mesmo tempo que sai na comunicação social, de forma ridiculamente tímida e a medo, as centenas de milhões de euros pagos pelo estado a empresas privadas para "estudos", que ,em 90% das vezes, só servem para enriquecer a empresa que os realizou, empresa essa que, pasme-se,é propriedade de alguém com um cartão da cor certa.
Como os militares estamos todos, os que nos preocupamos, em vão, com a situação do pais em que vivemos.Isto realmente está mau, cada vez pior, mas, ao contrario dos militares, nós não temos quartéis cheios de espingardas obsoletas, que, não obstante, disparam.
Uma situação a ter em conta, digo eu, por quem de direito, há um limite máximo de humilhação que uma pessoa suporta e este governo, ao que me parece, está a esticar a corda.

4:42 da tarde  

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