LIBERALITAS JULIA

Estórias d´Évora

domingo, julho 26, 2009

Embraer 3

A primeira pedra do novo centro da construtora de aviões brasileira Embraer foi hoje lançada, numa cerimónia, realizada no parque industrial aeronáutico de Évora, junto ao aeródromo municipal com a presença do primeiro-ministro, do Ministro da Economia e Inovação, do presidente da AICEP, Basílio Horta, de Carlos Zorrinho, do presidente executivo da Embraer, Frederico Fleury Curado, e de José Ernesto Oliveira, que marca o arranque de um projecto que prevê criar 570 postos de trabalho.
Com um investimento inicial de 148 milhões de euros, a empresa brasileira pretende instalar duas fábricas no parque industrial aeronáutico de Évora, uma delas de estruturas metálicas (asas) e outra para produzir materiais compósitos (caudas), sendo que as unidades serão dedicadas inicialmente ao suporte logístico de jactos executivos.
"Houve muita gente que duvidou e quase que se atreveu a querer gozar com a possibilidade de concretização deste projecto", disse no sábado o presidente da Câmara Municipal de Évora, José Ernesto Oliveira, em declarações à agência Lusa.
"É uma vitória sobre a descrença e sobre os velhos do Restelo", acrescentou.
É uma vitória sobre os comunas e os "betinhos de esquerda", acrescento eu...

6 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Nunca votei nem votarei no José Ernesto. Sei que em tempo eleitoral vale tudo para caçar votos e anúncios de investimento não faltam um pouco por todo o lado (em Beja era o de uma fábrica de pilhas de capitais chineses - um gozo!). Mas sei também que no estado de penúria e de falta de trabalho que se vive no Alentejo um anúncio de fábricas desta envergadura é sempre positivo, seja em Évora, seja em Beja, em Sines ou onde for. E a forma como o anúncio foi feito tem o sinal de um compromisso efectivo, que meteu governo, primeiro--ministro e presidente da Embraer. Daí que estranhe a "dor de corno" de que o Mais Évora parece possuído quando fala ou dá destaque a posts sobre este investimento. Ou será que o ódio e a raiva (quase pessoal e já a entrar no domínio do delírio) ao "Zé do Cano" lhes tolda o raciocínio e cega totalmente? Manoelinho, porra: haja no mínimo algum decoro e bom senso!

l.m.

11:36 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

«vale tudo para caçar votos e anúncios de investimento não faltam um pouco por todo o lado»

É isso mesmo, para estes pantomineiros VALE TUDO! Já foi assim com o FalconWingas. Já foi assim com o Skylander. Já foi assim com as dúzias de fábricas que vinham para cá, atraídas pelo Skylander. Nunca se ouviu tanta MENTIRA JUNTA!

10:12 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Só uma pergunta:
Quantos euros é que o INVESTIDOR já gastou no local?

10:14 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Quando a esmola é grande o pobre desconfia!
Ainda por cima, quando os pantomineiros (De cá e De lá) já contam com tão um extenso rol de mentiras.

10:18 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

PERGUNTAS SIMPLES À ESPERA DE RESPOSTA:

• É verdade que a Embraer, até ao momento, não investiu um único cêntimo nas potenciais fábricas de Évora?

• É verdade que a candidatura do parque aeronáutico ao QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional) depende da possibilidade da Câmara Municipal realizar algo como 11 milhões de euros na venda dos lotes à Embraer?

• É verdade que a Embraer espera que os lotes de terreno infra-estruturados lhe vão parar às mãos a custo zero?

• É verdade que o montante do ajuste directo para as obras de infra-estruturação, que decorrem nos terrenos comprados à Fundação, ultrapassa os 5 milhões de euros?

• É verdade que tal situação apenas se poderia verificar se o investimento em causa fosse um PIN?

• É verdade que após o ajuste directo ilegal José Ernesto anda a tentar desesperadamente que a CCDRA considere o parque aeronáutico PIN (projectos de Potencial Interesse Nacional)?

• É verdade que as peças fundamentais para a classificação PIN, nomeadamente o estudo de impacto ambiental, entre outras, não existem?

Esperemos que o dispositivo atabalhoado e nebuloso, engendrado por Sócrates e Ernesto para, alegadamente, atrair para Évora duas fábricas da Embraer não passe de um mero instrumento eleitoral e que a pressa de José Ernesto, que decorre dos timings eleitorais, não se constitua como um factor de brutal acréscimo nos custos municipais desse potencial investimento.

1:16 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Aquilo que sabe publicamente, até agora, é que a CME adquiriu os “terrenos agrícolas” à Fundação Eugénio de Almeida por 6 euros/m2 e propõe-se vender, à EMBRAER, 30 hectares de “terrenos urbanizados” por 2 euros/m2.

Como a infra-estruturação da área deverá ter custado cerca de 30 euros/por m2 de terreno bruto, significa isto que os “terrenos urbanizados” (lotes) custam à CME cerca de 36 euros/m2. Ou seja, os 3 lotes que a CME vai “vender” à EMBRAER, têm um custo REAL de 10.000.800 mil euros, que serão “vendidos” por cerca de 600 mil euros

Significa isto que a CME está a atribuir um “subsídio” à Embraer de 10 milhões e 200 mil euros para se instalar em Évora.

Não discuto (nem pretendo questionar), a bondade e a dimensão do “subsídio” atribuído à empresa, o que não aceito e contesto é que estes “negócios” que envolvem dinheiros públicos não sejam feitos com total transparência e correctas divulgação dos valores e benefícios concedidos. Ainda mais contesto, quando a administração pública (em regra) não introduz cláusulas de salvaguarda e retorno dos investimentos em caso de futura venda ou deslocalização.

2:05 da tarde  

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