LIBERALITAS JULIA

Estórias d´Évora

segunda-feira, abril 24, 2006

PRAÇA de TOUROS de ÉVORA

No inicio do sec.XX

domingo, abril 23, 2006

TODA A NAÇÃO VIVE DO ESTADO


..."Toda a nação vive do Estado.
Logo desde os primeiros exames do lyceu a mocidade vê n´elle o seu repouso e a garantia do seu futuro.
A classe ecclesiastica já não é recrutada pelo impulso de uma crença; é uma multidão desoccupada que quer viver á custa do Estado.
A vida militar não é carreira; é uma ociosidade organisada por conta do Estado.
Os proprietarios procuram viver á custa do Estado, vindo a ser deputados a 2$500 réis por dia.
A própria industria faz-se proteccionar pelo Estado e trabalha sobretudo em vista do Estado. A imprensa até certo ponto vive também do Estado.
A sciencia depende do Estado.
O Estado é a esperança das famílias pobres e das casas arruinadas.
Ora como o Estado, pobre, paga pobremente, e ninguém se pode libertar da sua tutela para ir para a industria ou para o commercio, esta situação perpetua-se de paes a filhos como uma fatalidade."

Eça de Queiroz in As Farpas Junho de 1871

sábado, abril 22, 2006

NESTA CIDADE DE ÉVORA



“ Nesta cidade de Évora, as calunias e as mentiras correm mais rapidamente do que a água de todas as suas fontes, voam com a destreza de um falcão e a voracidade de um abutre..”

“ Cada eborense mostra uma satisfação estranha ao encontrar um seu igual caído na lama, e, em vez de o levantar, com a ponta do pé enterra-o um pouco mais com um prazer inexplicável”

“ Évora, nunca vi uma terra de gente tão cruel. Só conseguem guardar o que de mau acontece, o que de bom se faz rapidamente é esquecido e tudo é usado para nos incriminar.”

“Para matar todos se juntam, para louvar não há quem se lembre...”

“A maldade e a inveja viajam por estas ruas...Entre nós, os judeus... entre os árabes... entre os cristãos...”

“ Os eborenses são como o tempo – verão tórrido e Inverno gélido – ou amam ou odeiam...”

Margarida Pedrosa in Só ao bispo me confesso