LIBERALITAS JULIA

Estórias d´Évora

segunda-feira, agosto 28, 2006

A ÉVORA de ABILIO


"A obra intangível do Dr. Abílio Fernandes

Frequentes vezes, conversando longe de Évora, pessoas as mais diversas romperam espontaneamente em elogios à gestão municipal que foi aqui vigente ao longo de um quarto de século.

Os elogios eram sempre estranhamente iguais. “fui outro dia a Évora.
Que beleza!
Vocês têm muita sorte em terem lá aquele presidente de câmara!
Tudo tão preservado, tão cuidado ... uma maravilha!”.
Como já estava habituado a tais desabafos, geralmente fazia cara de ponto de interrogação: “Porquê tal elogio?”
Os meus interlocutores admiravam-se, e engasgavam-se.
“Então... não se está mesmo a ver? Não diz toda a gente? Tudo tão bem conservado! Tantos e tão belos monumentos!!!”.
A conversa acabava neste ponto.
Observava divertido que nenhum dos monumentos era obra desta gestão autárquica; e que não me parecia grande mérito esse de conservar. Os cargos em causa não têm por missão a destruição do que existe.
Conservar o que se recebe é o mínimo dos mínimos no cumprimento das obrigações.
Fiquei porém com uma ideia assente: na gestão da imagem, sobretudo para o exterior, foi o poder autárquico dominado durante 25 anos por Abílio Fernandes realmente mestre indiscutível.
Para dentro da cidade nem tanto; nunca por cá ouvi os rasgados elogios correntes na imprensa bem pensante ou na opinião moldada por esta.
Com efeito, findo o período histórico em questão, nada se encontra que possa servir de emblema, de marca de orgulho ou distinção para os responsáveis pelo poder local durante este passado quarto de século.
Nada, para além da tal conservação – e mesmo a este respeito os indígenas têm visão um tanto diferente do forasteiro que aqui passou uma vez como turista, ou viu algures umas reportagens.
Outros poderiam gabar-se – e lembro que ainda estão vivos pelo menos outros dois antigos presidentes de câmara desta cidade, Henrique Chaves e Serafim Silveira – de legados pessoais imperecíveis: “no meu tempo lancei e inaugurei as piscinas municipais”; “no meu mandato planeei e executei a zona de urbanização n.º 1 ou n.º 3”
....Abílio não: ficam como sinais do seu tempo quatro ou cinco rotundas, e o monumento ao bombeiro ...
Mas conservar é realmente escasso mérito; repare-se que mesmo num conservador de museu actualmente é consensual que essa virtude não basta; pretende-se que anime o sítio, que faça do seu espaço um centro vivo de difusão da cultura, não que seja um guardião de memórias mortas.
Conservar é virtude capital em congelador ou arca frigorífica; espera-se mais de um governante."
editado por Manuel
no blog Sexo dos Anjos em 26 de Outubro de 2003

ULTIMO COMBATE


"A esquerda, depois de perder o seu 'sol na terra' e de ter assistido à destruição sistemática dos seus principais mitos, descobriu no antiamericanismo primário, não só a sua grande bandeira, mas principalmente o seu último (e único) combate"

Constança Cunha e Sá,PÚBLICO, 11-08-2006

domingo, agosto 27, 2006

ESQUERDISTAS e HEZBOLLAH


"É impossível argumentar com gente que se orgulha de lutar ao lado de terroristas; é impossível falar com gente que afirma defender as liberdades civis em aliança com... o Hezbollah.
Isto está além de qualquer razão ou argumento.
É um estado de desespero ideológico.
Odiar o ocidente (Israel, neste caso) é a única forma de existência ideológica da velha esquerda.
Se querem sobreviver enquanto entidade autónoma no espaço político, têm de odiar.
O Ódio é a única coisa que ainda garante a unidade, a harmonia entre velhos esquerdistas".

Henrique Raposo

sábado, agosto 19, 2006

ÉVORA no tempo comunista

"Pobre Alentejo, tão bom que era no tempo comunista.
Pobre mas honrado, pequeno mas feliz na sua pequenez.
E juntavamo-nos todos à volta da fogueira e sonhávamos com o mundo lindo de todos pobres a bem da revolução longínqua.
E se um não tinha calças, despíamos a nossas para ficarmos iguais.
E se outro era estúpido fazíamo-lo um dos nossos, ignorante mas leal.
E se outro nunca tivera nada (normalmente eram sempre muitos) dividíamos tudo muito parcimoniamente para que ninguém tivesse muito e todos tivessem o mínimo.
É nossa a expressão "dividir o mal pelas aldeias".
Se alguém ostentava riqueza chamavamos-lhe ladrão.
Os que não estavam connosco eram contra nós.
Era tudo tão bonito.
Apenas serviamos os que serviam a causa comunista.
Afinal percebia-se que nem era má a democracia.

Mas eis que as coisas mudaram.
As pessoas já não queriam só o direito a ter a cabeça levantada, também queriam carro e estudos e aí as coisas transformaram-se.
Os vencidos do capitalismo deixaram o que de mais importante tinhamos, o sonho. Cansaram-se de sonhar.
Tornaram-se materialistas, essas bestas.
Bem dissemos que o povo não se governa.
Tornou-se ingovernável. Isto da educação trouxe a exigência.
Já ninguém acreditava em nós, só os que para quem era já tarde admitir o erro.
Fomos sucumbindo.
Essa treta da democracia alterou as coisa.
Os nossos projectos de cultura, com fumo e cabelos sujos, tendas e latas coloridas desapareceram. A liberdade de criar (mesmo que por indíviduos sem criatividade) foi amordaçada.
O nosso Centro histórico velho mas lindo, as construções pobres mas sociais, o nosso teatro de leste que o povo não percebe porque nunca foi educado para isso, as nossas bases proletárias da metalo-mecânica, a nossa poesia do hiper-realismo revolucionário, tudo desapareceu.
A democracia era apenas uma passagem para a ditadura do proletariado, mas a porra do proletariado desapareceu.
Tantos anos a fazer Abril, sim porque Abril é nosso e de mais ninguém, e vimos a cidade passar para a mão dos traidores à causa do povo, os socialistas.
E como nunca gostámos muito da democracia, até porque ela parece não servir os nossos interesses, resolvemos apostar no quanto pior melhor.
Apostar no discurso da desgraça, da fome, da miséria.
Que nos interessa se o individuo mostra ser vencedor, cria emprego e riqueza?
Que nos interessa a moral e a fé que o homem deve ter em si?
Que nos interessa que a sociedade acredite que a solução está encerrada em cada um dos indíviduos?
Nunca acreditámos nele. Desconfiámos sempre dele.
O indíviduo não importa, importa o abstracto colectivo, esse ente quase divino que é difícil explicar a quem não tem fé.
Por isso acreditamos que o indivíduo deve ser combatido com todas as nossas forças.
Esse que recebe mandato pela maldita democracia tem de ser vilipendiado, caluniado, assassinado moralmente, subjugado ao poder da nossa força, porque nós não somos pelo diálogo, nós não somos pelo debate, nós não somos pela vã discussão.
O Socialismo Científico só precisa de ser seguido à risca.
Os males que dizem ter sido perpretados pelo comunismo não o foram por culpa dele, foram por culpa ou dos capitalistas que o não deixaram ser plenamente aplicado ou pelos revisionistas que o adulteraram.
O bom comunismo existe e parece não poder ser aplicado pelos homens comuns.
Nós somos bons, somos justos, somos honestos, somos inteligentes, somos moralmente sólidos.
Os outros não.
São ladrões, mentirosos, espúrias, biltres, mesquinhos, falsos e tudo o que de mau existe no indíviduo.
Nós somos bons porque somos resultado da vontade do todo (o nosso) e não o da vontade das partes.
Os judeus são maus, o dinheiro é mau, os americanos são maus, os socialistas são maus, a direita é hedionda (sobretudo quando está no poder), o futuro é mau, o mercado é mau, o consumo é mau, o macdonalds e a microsoft são más, os patrões são maus, os impostos são maus, a educação é má, as férias são poucas, os salários são maus, enfim, os outros são maus. E só o povo que nos admira é bom, o resto é tudo estúpido.
Viva a revolução, viva a reforma agrária, viva o Camarada Vasco, viva a colectivização e as nacionalizações, viva a ditadura do proletariado, viva Fidel Castro, Viva Lénine, viva a URSS e vivam os que têm fé.
É o que nos resta. "

Anónimo
Sexta-feira, Agosto 18, 2006

segunda-feira, agosto 14, 2006

ATENTADOS ? Urbanisticos...ou



Estes edificios cuja volumetria causa comichões a alguns eborenses, não foram os seus projectos aprovados durante a presidência de Abilio Fernandes na C.M.Évora?

Não foi durante essa presidência que o parque de estacionamento junto ao Garcia de Rezende, foi vendido por essa mesma Câmara aos Engºs. Sucia e Moio?

domingo, agosto 13, 2006

IDOLO e EXEMPLO da Esquerda


O escritor Günter Grass confessa ter pertencido às SS nazis.

O escritor alemão Günter Grass confessou em entrevista a publicar sábado no jornal Frankfurt Allgemeine que foi membro das Waffen SS, a tropa de choque do regime nazi, em 1944/45.

Apontado e recebido pela esquerda portuguesa, como o exemplo do "antifacismo", glorificado durante o Prec abrilista, com direito a casa no Algarve.

REGIÃO de TURISMO de ÉVORA III

Com a repetição das eleições para a Região de Turismo de Évora, serão estes os candidatos comunistas às mesmas?

sexta-feira, agosto 11, 2006

Os TALIBANS de ÉVORA


Os Budas de Bamiyán eram duas estatuas monumentais de Budas escavadas na parede da montanha no val de Bamiyán, no centro de Afganistán.
Erigidos nos século V e VI, as estatuas representavam a conjunção da arte grega e budista.
Em Março de 2001 o governo talibán derrubou as estatuas, dinamitando-as.
Pelas mesmas razões, em nome de Alá e pelos mesmos principios fundamentalistas, poderão um dia tentar derrubar a Sé de Évora ou o Templo Diana.
O que farão, então os Islamo-comunistas...."Talibans de Évora"?

quinta-feira, agosto 10, 2006

ALMAS GEMEAS



A historica tentativa comum de destruir o Estado de ISRAEL

domingo, agosto 06, 2006

ISLAMO-COMUNISTAS e NAZIS


A génese de Comunistas, Fascistas e Integristas Muçulmano, é e sempre foi muito idêntica.
Nunca se assumindo como patrões ou trabalhadores, aspiraram sempre a serem funcionários.
Não admitindo serem ricos ou pobres, quiseram sempre mostrar-se remediados, vivendo de ordenado certo no fim do mês, fruto não do trabalho, mas de um emprego.
Com um ódio profundo à liberdade, são falsos escravos do dever e das obrigações acreditando que são os únicos disciplinados e disciplinadores.
Para eles a humanidade divide-se em 2 categorias, na 1ª estão eles (comunistas, fascistas e islâmico-integristas), na 2ª estão os outros( judeus, libertários e liberais).
Historicamente as suas alianças, foram sempre de comunistas com nazis, nazis com árabes, árabes com comunistas e actualmente comunistas com muçulmanos sob a benção dos fascistas, como veio a acontecer na “manif” anti-semita de 26 de Julho .

sábado, agosto 05, 2006

CHARLIE HEBDO

quinta-feira, agosto 03, 2006

"O islão não conseguiu "entrar" no mundo moderno.
Nem com a "independência", nem com o "socialismo" ("árabe" ou outro), nem com o dinheiro do petróleo.
Da Indonésia à Síria, é uma civilização fracassada onde se acumulam pressões sobre pressões como dantes se acumulavam na República de Weimar: a miséria, o desemprego, a desigualdade, o fanatismo, a tirania e a violência.
No meio desta inominável catástrofe, Israel serve de bode expiatório e símbolo de uma cada vez mais difícil e ténue unidade.
Ninguém no islão vive ou viverá em paz com Israel. Ou com o Ocidente."

Vasco Pulido Valente, Público, 28 Julho 2006