LIBERALITAS JULIA

Estórias d´Évora

segunda-feira, abril 30, 2007

Évora e os aviões

O empresário João Teixeira Duarte, responsável pela angariação de investidores e financiamento nacional para a fábrica de aviões Skylander, já conseguiu reunir 80 dos 95 milhões de euros da contribuição portuguesa prevista, apurou o Correio da Manhã junto de fonte do processo. Trata-se de um projecto luso-francês que visa transformar Évora no primeiro polo de um cluster nacional de aeronáutica que deverá arrancar ainda este ano.

O projecto de construção da fábrica de aviões em Évora prevê um investimento, entre nacional e estrangeiro, de 125 milhões e a criação de cerca de mil postos de trabalho entre a produção e fornecedores, podendo em alguns anos atingir os dois mil indirectos, de acordo com cálculos do grupo francês GECI, empresa de engenharia aeronáutica liderada por Serge Bitboul.

Resultado de uma parceria entre a GECI e investidores privados nacionais, o projecto conta já com uma área industrial de 40 hectares, prevista em Plano Director Municipal segundo a Câmara de Évora, tendo sido reconhecido como Projecto de Interesse Nacional (PIN) pelo Governo em Junho do ano passado. Logo no início a fábrica irá garantir a construção do avião Skylander.

Os contactos com o Estado português estão a cargo da GECI Internacional e a coordenação dos investimentos privados e financiamentos nacionais é responsabilidade do empresário João Teixeira Duarte, um dos elementos da família Teixeira Duarte e accionista da construtora, que terá escolhido um modelo inédito em Portugal: a captação de investimento na região de implantação do projecto.

“Os investidores locais perceberam que se trata de um projecto rentável e que traz prestígio à região”, adiantou a mesma fonte.

Entre os investidores encontram-se o próprio João Teixeira Duarte e empresários ligados, entre outros sectores, à agricultura.

A expectativa é a de que a curto prazo possa estar fechado o processo de captação de fundos nacionais, isto é, reunidos os 95 milhões de euros previstos.

Évora deverá assim receber dentro de meses os primeiros engenheiros estrangeiros para começar a trabalhar na fábrica, estando já em curso, segundo a mesma fonte, a contratação de técnicos nacionais para o projecto.

Estudos de mercado desenvolvidos pelo GECI apontam uma necessidade global de 400 aeronaves no segmento Skylander nos próximos vinte anos.

A fábrica portuguesa, ainda de acordo com dados da empresa francesa, poderá gerar exportações de 300 milhões de euros por ano e pagar em sede de IRC 250 milhões de euros durante os próximos 15 anos.

RESPONSÁVEIS PEDEM RAPIDEZ

Duas das entidades mais directamente relacionadas com este projecto – a Câmara Municipal e o Aeródromo de Évora – anseiam que não demore a ser concretizado, depois do anúncio de mais investimento privado no Skylander. “Não podemos desperdiçar uma oportunidade como esta, sobretudo pelo número de postos de trabalho que vai criar”, disse José Ernesto, presidente da autarquia.

Por sua vez, o comandante Lima Basto, director do Aeródromo, destaca a importância da entrada de Portugal para o restrito grupo de países com projectos aeronáuticos. “Pela primeira vez na história vamos ter um avião cem por cento de origem portuguesa.”

A fábrica do Skylander vai ficar anexa ao Aeródromo, infra-estrutura onde serão realizados os testes dos novos aviões.

AVIÃO TODO-O-TERRENO

O Skylander, aeronave a ser construída no Alentejo, é um avião utilitário ao qual podem ser aplicadas várias missões. De acordo com a GECI, este aparelho pode operar mesmo em regiões com fracas estruturas aeroportuárias. Isso é permitido pela sua característica STOL, ou seja, de descolagem e aterragem curta, estando assim adaptado à maioria das pistas existentes no país. Necessita apenas de distâncias compreendidas entre 530 a 680 metros para efectuar a corrida de descolagem. O seu alcance é de 2237 quilómetros, sensivelmente a distância em linha recta entre Lisboa e Berlim.

Este bimotor está preparado para levar de 19 a 29 passageiros. Pode facilmente ser alterado e adaptado a diferentes usos: transporte de pessoas, operações de busca e salvamento, transporte militar, ambulância e combate a fogos florestais, por exemplo.

SAIBA MAIS

3,3 toneladas de carga útil estão disponíveis no Skylander, que utiliza um motor com tecnologia de turbo-propulsor, com consumos até 50 por cento abaixo dos motores convencionais.

1000 aviões é a quota de mercado prevista para o Skylander, numa altura em que os aparelhos do género têm mais de 40 anos, estando como tal envelhecidos.

INTERESSADOS

Países com más infra-estruturas aeronáuticas, nomeadamente Caraíbas e Sudeste Asiático, estão interessados no Skylander pela sua versatilidade.

EUROPA

Existem apenas cinco projectos aeronáuticos na Europa. O Skylander (Portugal), o Airbus A350 e o Falcon 7X (França), o Piaggio (Itália) e o Grob Ranger (Alemanha).

CONTRATO

A GECI já assinou contratos de venda de aviões Skylander. O primeiro negócio foi fechado com a Alkan no final de 2006. Envolve 19 aviões, num valor aproximado de 65 milhões de euros.

COMPONENTES

Fonte ligada ao processo disse que há negociações para que na fábrica de Évora venham também a ser construídas peças do avião italiano Piaggio.

Raquel Oliveira no Correio da Manhã

quinta-feira, abril 19, 2007

PDM Évora



Finalmente a discussão pública do PDM
Alguns andam mesmo furiosos com o PDM...

quinta-feira, abril 05, 2007

Israel


"De forma mais subtil, o mundo ocidental foi ensinado que “Israel é um estado opressor racista” e que “Israel, nesta época de multiculturalismo, é um anacronismo supérfluo”. Gerações de muçulmanos, e pelo menos uma geração no Ocidente, têm sido criados com estes catecismos".
no blog Rua da Judiaria

quarta-feira, abril 04, 2007

Férias

Acabei de regressar e não resisti a uma espreitadela aos blogs de Évora.
Quase que não os reconheço com tanta moderação, uma perfeita pasmaceira, certamente delineada e cozinhada na Rua de Aviz para o Manelinho.
Nos outros a preocupação continua a ser o aborto, a UE e os funcionários públicos...