LIBERALITAS JULIA

Estórias d´Évora

sexta-feira, maio 30, 2008

Malagueira trucidada

"... O Bairro da Malagueira, em Évora, está trucidado... trucidado..."
Arqt. Siza Vieira

Está de facto trucidado e o declinio começou com a actual presidente da Junta, a Arqtª Margarida que segue a velha máxima "quanto mais degradado melhor", esperando com esta posição, vir a tirar dividendos politicos, talvez a indigitação para a presidência da CME, nas próximas autarquicas...
De qualquer maneira aquela concepção arquitectonica levaria sempre a estes resultados.
Esqueceram-se que deveriam projectar casas para alentejanos e fizeram uma urbanização para talibans, talvez sonhando transformar o Alentejo na "faixa de Gaza" portuguesa.
Os calculos sairam errados e a Republica Sovietica do Alentejo, nunca chegou a ser concretizada.

quinta-feira, maio 29, 2008

Os manelinhos d'Evora 2

"...Votaram todos no PS e como foram "enganados" estão todos agora muito arrependidos e dispostos a "darem o ouro ao bandido", ou seja a votarem noutras forças políticas.
O desejo de quem escreve estes posts é evidente - arrebanhar votos de eleitores mais incautos. Mas não deixa de ser comovente o facto de nos acharem - a todos nós - tão ingénuos que já estamos mesmo a acreditar naquilo que escrevem e da forma como o fazem.
Que há descontentamento, isso é certo.
Mas que esse descontentamento vá servir de óleo para que nas próximas autárquicas a CDU consiga um bom resultado já me parece mais duvidoso.
Ainda que "os secretários" da Rua de Avis andem completamente exuberantes e obcecados pelo "caminho que as suas propostas estão a fazer"- é vê-los aqui neste blog que assumiram como seu -, convencidos de que através da agitação bloguística conseguirão os seus intentos.
Depois da agitprop nas ruas chegou a hora, não das mobilizações de massas, mas sim do agitpost em que os camaradas eborenses se estão a especializar.
E o mais curioso de tudo é que estão a ficar convencidos de que através de meia dúzia de posts mais anti-Câmara ou anti-Governo vão a conseguir os seus objectivos: ocupar de novos os lugares que perderão já ha mais de ua dezena de anos.
Santa ingenuidade.
E foi para isto que gerações de revolucionários lutaram!"

Alguém que nunca votou no PS

segunda-feira, maio 26, 2008

Maio 68

"O Maio de 68 em França foi o derradeiro flop da esquerda francesa.
As suas origens estão aliás nos EUA, que se viam a braços com a guerra do Vietname.
O Maio de 68 em França foi uma rapaziada.
O que terá ido De Gaulle fazer à Alemanha nesse mesmo mês? Foi decerto falar com o general Massu, o fiel.
Mas também conversou com o adido militar soviético em Paris.A Moscovo não interessava mesmo nada comprar, em plena Guerra Fria "mais uma guerra" com o Tio Sam.
Seguiu-se a 68 o maior período de poder da direita- até 1981- do séc.XX em França. Mitterand, sagacíssimo compreendeu bem a estratégia.
A História tem caminhos ínvios. Oh lá se tem!
O aburguesamento da sociedade francesa, no que ele tem de pior, a partir de 1968, foi total. Brincaram às barricadas. Acabaram a comungar aos Domingos como bons seminaristas que queriam ter sido e, em que efectivamente se tornaram.
Se há uma sociedade hipócrita, obesa, esquerda caviar, desigual, madraça, xenófoba temos que apontar o dedo à França. Mesmo a nível mundial.
As raízes estão em Nanterre de 1968. O colesterol da riqueza está em De Gaulle."

domingo, maio 25, 2008

Acordo ortográfico - uma ideia peregrina

Depois de ter assinado uma petição contra este acordo, o escritor português Eduardo Lourenço, reiterou que o documento não é «necessário» e é «uma ideia um bocado peregrina», porque a «prática linguística dos brasileiros» continuará a ser feita segundo os termos actuais, bem como a portuguesa.
O ensaísta lembrou que entre os Estados Unidos da América e o Reino Unido não existe nenhum acordo do género para a língua inglesa.
«O brasileiro tem uma espécie de força e de autonomia» quanto ao português, o que significa que assume a «liderança da língua».

sexta-feira, maio 23, 2008

Plano de Revitalização do Centro Histórico

De facto, esta história do Plano de Revitalização do Centro Histórico começa a cheirar muito mal...
Mas não pelo próprio Plano, não pelas posições dos promotores (CME e ParqueExpo), antes pela atitude derrotista, revanchista, imobilista e conservadora de todos os que mesmo que não tivessem lido o estudo (e não tenho a certeza que o tenham lido), seriam contra tudo o que nele está idealizado.
Este tipo de atitude, é claramente uma atitude típica de sindicalistas de meia tigela, que por qualquer coisinha convocam uma manifestação.
Como se estivéssemos no tempo do PREC! Isso já lá vai!
O que se trata aqui é de retirar a cidade do marasmo em que se encontra!
Muito por culpa deste executivo camarário, é certo, e contra o qual tenho aqui expressado as minhas opiniões. Mas caramba, surge um estudo que coloca em cima da mesa um conjunto de ideias exequíveis, capazes de modificar a cidade no sentido de a catapultar para um futuro mais risonho a médio prazo, e logo surgem estas "aves agoirentas"!!!
É demais.
Não tenho nada em favor desta equipa da CME, mas desta vez venho em seu favor dizer que não se acanhem!
Não tenham receio deste conjunto de retrógrados morais, que tudo farão para evitar que a cidade avance...
Só para poderem ter argumentos de que a "coisa vai muito mal".
Fossem todos desta forma, e Bilbao não teria tido o Guggenheim, Paris não teria tido o Centre Pompidou, Londres não teria tido o MOMA, Lisboa não teria tido o CCB, e por aí fora.
É preciso por vezes abanar as coisas, para que tudo se reposicione numa perspectiva de futuro, e não numa perspectiva de passado.
A cidade como está não vai a lado nenhum.
É preciso coragem para que as coisas se alterem.
O comentário de que "é mais que tempo para criar uma alternativa credível a esta governação desastrosa", teria a minha concordância em quase todos os aspectos.
Neste ponto do Plano de Revitalização do Centro Histórico não o posso apoiar, porque concordo com a iniciativa, concordo com o que nele está idealizado, e concordo com a sua execução.
Espero é que não seja mais um estudo para deitar fora!
GIRALDES

segunda-feira, maio 19, 2008

Um abraço aos conterraneos de Mora


domingo, maio 04, 2008

Os comunistas, já vão ao Fialho

Almocei no Fialho onde constatei que os comunistas, tambem já almoçam no Fialho.
Reunião secreta, encontro frutuito ou "aviar" do bornal?
Apesar da presença dos mesmos, não perdi o apetite, nem tive nenhuma indigestão.
Os comunistas andam em bolandas a comerem-se uns aos outros para arranjar listas, construir tachos e dar facadas uns aos outros;
Uns, sonham com o fantasma Abilio quando o homem deve andar á procura de uma casa de repouso ou de umas termas ;
Outros, passeiam as suas barrigas pela ecopista e vão observando os dejectos de cão, inspecionando os muros a serem subidos, nas traseiras de prédios , não se vá dar o caso de serem obras clandestinas, que devem de imediato ser denunciadas aos técnicos do partido;
Apesar da Primavera, com esta azafama de almoços, tricas, facadas, bufarias e hipotéticos futuros tachos, nem tem tempo para desfrutar das hortas verdes e dos cheiros das flores campestres.

Murmurio

sexta-feira, maio 02, 2008

Os manelinhos d'evora

"A inveja e a irresponsabilidade...
A inveja, a permanente desconfiança e a mesquinhez estão entranhadas no caldo cultural hodierno português.
É a meu ver, uma consequência da brutalidade de Estado, desenvolvida por um dos mais negros períodos da história de Portugal.
A cultura de bufos e lambe botas, foi cruelmente promovida por cinquenta anos de fascismo, conduzindo a maioria do povo à pequena trica, mesquinharia e inveja.
Na sua miséria, sentem-se mais aliviados por diminuir o outro.
A factura que pagamos hoje não me parece que seja a corrupção ou a má qualidade da elite política, na minha opinião são mais graves a inveja, a desresponsabilização e o mal dizer… só porque é “prazeroso” dizer mal do outro.
Não interessa se os actos são correctos, o que alivia é descredibilizar e por fim, caluniar.
Trata-se de um maniqueísmo primário, injusto, desumano e parece-me que nos conduz para nenhures.
A vida não tem que ser uma missa, mas exigimos nos tempos que correm, responsabilidade e elevação cívica e cultural.
Não há desculpas para estes discursos que a política está cheia de corruptos, Portugal é um país de tachos e outras imbecilidades.
É desencorajador conviver com tão pouco patriotismo e leviandade."

Kreutzer