LIBERALITAS JULIA

Estórias d´Évora

domingo, maio 28, 2006

As BICLAS de ÉVORA (Abilio Fernandes - 2001)


O que será feito das simpáticas BICLAS de Abilio Fernandes?

Na reunião da CME de 26 de Abril de 2001, foi aprovado o regulamento das mesmas, com a seguinte Nota Justificativa:

"BICLAS de Évora.
É sabido que qualquer deslocação feita em bicicleta em vez de automóvel gera economias e benefícios consideráveis, tanto para o indivíduo como para a colectividade. São exemplo, a ausência total de ruído e de poluição; a menor degradação do património histórico, entre outros.
Seguindo os objectivos do projecto SITE – Sistema Integrado de Transportes e
Estacionamento de Évora, a CME está a adoptar medidas que levem à maior utilização da
bicicleta, criando desta forma uma alternativa não poluente ao uso do transporte individual.
Uma desta medidas foi a aquisição de bicicletas para uso público gratuito dentro do Centro Histórico.

Surge agora a necessidade de disciplinar a utilização das mesmas, por forma a que toda a população possa desfrutar deste meio de transporte nas melhores condições."

E lá foram compradas as BICLAS (muitas) , desenhados pelos arquitectos e construidos os estacionamentos em muitos locais da nossa cidade.

Ainda vimos Abilio Fernandes dando o exemplo e dirigindo-se de casa para os Paços do Conselho, cavalgando trunfalmente uma Bicla.

Misteriosamente, 1 mês depois, desapareceram as biclas e nunca mais ninguem ouviu falar nelas, nem a Camara nem o seu presidente Abilio Fernandes deram qualquer explicação para tal facto.

Para a memória futura ,como se de monumentos se tratasse, ficaram os estacionamentos modernistas das biclas.

domingo, maio 21, 2006

MOCIDADE PORTUGUESA em ÉVORA


"Organização Nacional da Mocidade Portuguesa", criada em 1936, aquilo a que chamávamos "bufa" ou "feijões verdes", era estupidamente obrigatória para os jovens liceais nos dois primeiros anos, obrigando-nos a ter que ir ao sábado marchar para o recreio do liceu.
Se publicarem a lista dos voluntários comandantes de falange e de bandeira da dita cuja, espantar-se-ão com os nomes de ilustres eborenses incluindo socialistas, sociais democratas, comunistas e esquerdistas da nossa cidade que assim semeavam o respectivo antifascismo genético, na habitual mama da teta estatal.
Alguns dos nossos ilustres conterrâneos e comandantes de bandeira e falange, foram nesta 3ª republica, ministros, secretários de estado, directores gerais, presidentes de câmara, com grande abundância de vereadores municipais, jornalistas e bloguistas.


Viva a “BUFA”

segunda-feira, maio 08, 2006

NICOLAU CLENARDO que viveu em ÉVORA

"Se algures a agricultura foi tida em desprezo, é incontestavelmente em Portugal (...) para mais, se há algum povo dado à preguiça, sem ser o português, então não sei eu onde ele exista.
Falo sobretudo de nós outros, que habitamos Além do Tejo, e que respiramos mais de perto o ar de África.
Se uma grande quantidade de estrangeiros e de compatriotas nossos não exercessem cá as artes mecânicas, creio bem que mal teríamos sapateiros ou barbeiros.
Aqui não há grande abundância de artífices, e não é costume que eles ofereçam as suas mercadorias.
Quase tudo, além da paga, custa rogativa.
Estes hábitos estão tão enraízados, que aos olhos de toda a gente as coisas perdem valor, desde que nos sejam oferecidas.
Ninguèm quer outra carne, senão a que arrancamos, por assim dizer, das mãos do carniceiro, depois de ter esperado a pé firme no mercado duas ou três horas.
Em Portugal,todos somos nobres, e tem-se como grande desonra exercer qualquer profissão.(...) Se quisesse condescender com os costumes desta terra, começaria por sustentar uma mula e quatro lacaios.
Mas como seria possível?
Jejuando em casa, enquanto brilhava fora como um triunfador, e teria que tragar este amargo remédio de dever mais do que poderia pagar
."

Nicolau Clenardo humanista flamengo, que viveu e ensinou em Évora em pleno Sec. XVI, em «Carta a Látmo» de 1535

sábado, maio 06, 2006

AMIGOS de ÉVORA



A revista financeira norte- americana Forbes coloca o Presidente cubano, Fidel Castro, na sétima posição da lista dos dez governantes mais ricos do mundo, com uma fortuna calculada em 900 milhões de dólares.
A lista, divulgada hoje, é constituída pelos dez governantes ou soberanos mais ricos do planeta e é encabeçada pelo rei da Arábia Saudita, Abdulã Bin Abdelaziz, sendo-lhe estimada uma fortuna à volta dos 21 mil milhões de dólares.
Logo em segundo lugar vem o sultão do Brunei, Hassanal Bolkiah, com 20 mil milhões, seguido pelo presidente dos Emiratos Árabes Unidos, o xeque Jalifa bin Zayed Al Nahyan, com 19 mil milhões, e pelo emir do Dubai, Mohamad bin Rachid Al Maktum, com 14 mil milhões.
Na Europa o destaque vai para o príncipe Hans-Adam, do Liechtenstein, com quatro mil milhões, e para o príncipe Alberto do Mónaco, com mil milhões de dólares, que ocupam o quinto e o sexto lugares, assim como a rainha Isabel II de Inglaterra, com 500 milhões, e a rainha Beatriz de Holanda, com 270 milhões, em nono e décimo lugares, respectivamente.
O único representante africano é o presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang, que ocupa o oitavo lugar, com 600 milhões de dólares, da mesma maneira que Fidel Castro é o único representante da América Latina, a quem se estima uma fortuna na casa dos 900 milhões de dólares.
Para os investigadores da revista, a fortuna do presidente cubano cresceu enormemente nos últimos anos, uma vez que em 2003 tinha cerca de 110 milhões e dois anos depois 550 milhões.

quinta-feira, maio 04, 2006

Evora e a Regionalização

" Não sou regionalista. Adoro o Alentejo e sei que é irrevogavelmente a minha terra, mas não me identifico com os movimentos telúricos exageradamente centrados sobre si próprios. Nem sei bem qual seria o papel de um "Parlamento Alentejano", nem para o que serviria...

O caso do PDM de Évora é emblemático: o tipo de desentendimentos, intrigas e desconcertos, a diluição de competências entre eleitos, não eleitos e técnicos e, sobretudo o desalento de quem quer investir aqui mas se vê impedido de construir por causa de tanto onanismo politico é, no minimo, dramático"

Entrevista de Luis Carmelo
in NoticiasAlentejo, Maio de 2006

quarta-feira, maio 03, 2006

EDUARDO NOGUEIRA - Fotografo de Évora