LIBERALITAS JULIA

Estórias d´Évora

sábado, junho 30, 2007

Arena de Évora 3


TRIUNFO e APOTEOSE na cidade de Évora, para desassossego e tortura de comunas, alguns xuxas e pepedocas, que sofreram mais uma estrondosa derrota.

quarta-feira, junho 20, 2007

Arena de Évora 2


Cerca de 1911?
Entre os artistas, alguns nomes conhecidos, Saragoça, Alves, Torres, Alfacinha,Torres Vaz Freire, Murteira, Mira, Cabral, Perdigão....

terça-feira, junho 19, 2007

Arena de Évora


A inveja cresce!
A maldicência floresce!
A obra nasce!
Parabens Évora!

A Fatah foge... para Israel?



"Uma dúvida: porque será que os membros da Fatah que fogem de Gaza buscam refúgio em Israel, se podem fugir para o Egipto?
Ou será que não podem fugir para o Egipto
?"


no Blog "O Jansenista"

sexta-feira, junho 15, 2007

Nos tempos que correm...

"...Há indícios claros de uma derrapagem autoritaróide sem precedentes desde os nos 30 e 40: devassa e confiscação de bibliotecas particulares, com rusgas pina-maniqueiras a residências a horas sagradas, prepotência e agressividade verbal intimidatória, muitas vezes frente a crianças, escutas telefónicas e violação de correspondência, sucessivos processos-crime por motivos políticos, cargas policiais e outras maravilhas orwellianas entre as quais, forço, se inscrevem o incentivo à denúncia, a pressão sobre júris de selecção em concursos para provisão de lugares em cargos dirigentes, o esvaziamento de funções, a mudança de serviço sem motivo aparente.
Sempre disse que a um preboste não se deve dar mais que um apito e um bastão; dar-lhe mais leva a isto num país de micro-ditadores, delactores, invejosos, difamadores e medíocres
..."

Blog Combustõe em 15.6.2007

segunda-feira, junho 11, 2007

Os PORTUGUESES

Os portugueses vistos por um zoólogo alemão

Notas de uma viagem a Portugal e através de França e Espanha, da autoria de Heinrich Friedrich Link, professor de Zoologia, Botânica e Química na Universidade de Rostock, que por aqui esteve em viagem de estudo entre 1798 e 1799. Com o rigor de um Kant, o eminente cientista produziu um retrato vigoroso, por vezes demasiado incómodo, das nossas instituições e do nosso povo, sem jamais cair na caricatura maldosa praticada por ingleses, nem no exagero desdenhoso de franceses.
Aqui ficam, breves transcrições.

"Em Portugal o sexo masculino não é bonito, raramente se vêem pessoas de estatura alta, mas mais corpos volumosos, gordos, baixos e atarracados. Os seus rostos são do mesmo modo raramente regulares, um nariz arqueado para cima, lábios salientes são tão vulgares que se poderia ser levado a pensar terem os portugueses misturado um pouco de sangue negro. (...) Em termos gerais, o sexo feminino tem os mesmos defeitos do masculino: uma estatura demasiado baixa e uma tendência para uma figura forte e rude. (...) Conhecedores elogiaram-me ainda confidencialmente muitas outras coisas que eu não posso repetir publicamente [a respeito das mulheres].

" Assim que se deixa a Inglaterra e se pisa o solo de França, a falta de asseio torna-se progressivamente maior à medida que se avança em direcção ao sul. Os aposentos tornam-se cada vez mais sujos, as latrinas ou não existem ou são execráveis, uma horda de bichos de toda a espécie perturba o sono do viajante. (...) A verdade é que [em Portugal] a gente nobre não se envergonha de matar ou mandar matar em público estes bichinhos. Conta-se que a esposa de um ministro faz isso, não raro, quando joga às cartas na presença de muita gente Isso, com efeito, não vi. Mas quando estávamos nas Caldas no Gerês, onde se encontram banhos quentes, vi a irmã do bispo e do governador do Porto, uma jovem e atraente viúva da antiga nobreza, pela tarde, em frente da porta, deitar a cabeça no regaço da sua criada para que esta lhe catasse os piolhos. Sei de fonte segura que as jovens donzelas, quando se visitam, se catam mutuamente os piolhos como passatempo".

"Uma grande parte dos ladrões são negros, que existem aqui em grande número, talvez mais que em qualquer outra cidade da Europa, sem exceptuar Londres. Muitos têm já aqui ocupações burguesas, não sendo raro ver negros serem apresentados como bons e honestos cidadãos; há casos em que eles, como artesãos, alcançaram um alto grau de destreza e habilidade. No entanto uma grande parte são pedintes, ladrões, alcoviteiros e alcoviteiras".

"Há uma grande quantidade de ralé em Lisboa, pois todas as gentes inúteis das províncias afluem para a capital, e podem sair-se bem com facilidade na cidade aberta. Daí o enorme número de pedintes. Em parte vadiam pela cidade. (...) Na Calçada da Estrela havia um mendigo que me pedia sempre rapé pelas almas. O rapé é uma grande necessidade da nação inteira, de todas as classes, de ambos os sexos e de todas as idades. Pode-se ficar muito bem relacionado com um português comum e vulgar oferecendo-lhe uma pitada de bom tabaco. Vi uma pedinte atascar de tabaco o nariz da criança que trazia ainda ao colo. Numa excursão botânica pelos arredores de Lisboa, encontrei uma mulher muito bem vestida que me pediu uma pitada de rapé porque tinha perdido a sua caixa de tabaco. Quando lhe disse que nunca trazia tabaco comigo, respondeu-me com a expressão da mais violenta dor: estou desesperada."


Heinrich Friedrich.
Notas de uma viagem a Portugal e através da França e Espanha.
Lisboa: BN, 2006