LIBERALITAS JULIA
Estórias d´Évora
sexta-feira, novembro 30, 2007
quinta-feira, novembro 29, 2007
Outono de 1975 (15)

"Relatório das Sevícias
No relatório elaborado, a Comissão de Averiguação de Violências sobre Presos Sujeitos às Autoridades Militares, reconhece-se que centenas de portugueses foram sujeitos a prisões arbitrárias, viam-se privados de garantias judiciárias, sofreram torturas físicas e morais e tornaram-se ainda vítimas de outros tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes.
A comissão, nomeada por Ramalho Eanes, é presidida pelo brigadeiro Henrique Calado, tinha, entre outros, a presença do juiz António Gomes Lourenço Martins e dos advogados Ângelo Vidal de Almeida Ribeiro e Francisco de Sousa Tavares.
Pronuncia-se fundamentalmente sobre os factos ocorridos entre 11 de Março e 25 de Novembro de 1975, reconhecendo que as prisões, algumas vezes com mandatos de captura assinados em branco resultaram de denúncias de organizações partidárias e sindicais, de gabinetes ministeriais e do SDCI.
As torturas foram praticadas no RALIS e no Regimento de Polícia Militar. "
No relatório elaborado, a Comissão de Averiguação de Violências sobre Presos Sujeitos às Autoridades Militares, reconhece-se que centenas de portugueses foram sujeitos a prisões arbitrárias, viam-se privados de garantias judiciárias, sofreram torturas físicas e morais e tornaram-se ainda vítimas de outros tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes.
A comissão, nomeada por Ramalho Eanes, é presidida pelo brigadeiro Henrique Calado, tinha, entre outros, a presença do juiz António Gomes Lourenço Martins e dos advogados Ângelo Vidal de Almeida Ribeiro e Francisco de Sousa Tavares.
Pronuncia-se fundamentalmente sobre os factos ocorridos entre 11 de Março e 25 de Novembro de 1975, reconhecendo que as prisões, algumas vezes com mandatos de captura assinados em branco resultaram de denúncias de organizações partidárias e sindicais, de gabinetes ministeriais e do SDCI.
As torturas foram praticadas no RALIS e no Regimento de Polícia Militar. "
quarta-feira, novembro 28, 2007
Outono de 1975 (14)
No dia 28 NOV 1975 já Pinheiro de Azevedo, na RTP, declara que chegou a hora dos partidos políticos.
A base de Tancos volta à normalidade, enquanto Zeca Afonso, fardado de paraquedista, é aí detido (Foi movido algum processo judicial pelo uso indevido de uma farda das F.A.?), numa patética cena de mitificada resistência, digna de um filme surrealista.
Suspensa a publicação dos jornais estatizados.
Emitidos mandatos de captura contra Duran Clemente e Varela Gomes ( Foram cumpridos os mandatos de captura?)
A base de Tancos volta à normalidade, enquanto Zeca Afonso, fardado de paraquedista, é aí detido (Foi movido algum processo judicial pelo uso indevido de uma farda das F.A.?), numa patética cena de mitificada resistência, digna de um filme surrealista.
Suspensa a publicação dos jornais estatizados.
Emitidos mandatos de captura contra Duran Clemente e Varela Gomes ( Foram cumpridos os mandatos de captura?)
domingo, novembro 25, 2007
sábado, novembro 24, 2007
sexta-feira, novembro 23, 2007
quinta-feira, novembro 22, 2007
Outono de 1975 (10)

No dia 21 de Nov.75, Jaime Neves no plenário do Regimento de Comandos promete defender a vontade da maioria e oficiais da Região Militar de Lisboa recusam obedecer a Vasco Gonçalves.
170 recrutas juram bandeira no RALIS de punho erguido, perante Carlos Fabião.
No dia 22 Nov75, manifestação do PS no Porto, com o jornal A Luta a alertar para um golpe militar que estaria a ser preparado pela FUR.
terça-feira, novembro 20, 2007
Outono de 1975 (9)
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Na sequência do alucinado comício de Almada, Otelo dirige uma carta ao primeiro-ministro, pedindo, publicamente, que Vasco Gonçalves se retirasse.
"Descanse, repouse, serene, medite e leia".
Uma verdadeira certidão de óbito revolucionária, que não escondia, no entanto, uma ordem formal, dada por Otelo e na qual o comandante da Região Militar de Lisboa proibia - expressa e formalmente - o primeiro-ministro de entrar em qualquer unidade sob o seu comando, frustrando, assim, as intenções anunciadas por Vasco Gonçalves.
terça-feira, novembro 06, 2007
segunda-feira, novembro 05, 2007
domingo, novembro 04, 2007
Outono de 1975 (5)

A Assembleia Constituinte é sequestrada, na sequência de uma manifestação de operários da construção civil.
Pinheiro de Azevedo declara o governo em greve: estou farto de brincadeiras, já fui sequestrado duas vezes. Já chega! Não gosto de ser sequestrado, é uma coisa que me chateia.
Vasco Lourenço na RTP confirma a existência de escutas telefónicas manipuladas pelo bloco dos comunistas e da extrema-esquerda.
O Século e o Diário de Notícias anunciam para o dia seguinte um golpe da direita.
sábado, novembro 03, 2007
Outono de 1975 (4) UM MURRO na MESA

"Quando alguns colegas de direcção do partido sugeriram um recinto de média dimensão, Soares deu um murro na mesa: ele, pelo contrário, apostava no maior espaço disponível de Lisboa. "Mandem já marcar a Alameda!"
No dia 18, os comunistas e alguma esquerda militar procuraram barrar os acessos no Porto. Sem êxito: o comício no Estádio das Antas, que abarrotava de gente, foi um sucesso. E o melhor dos ensaios para a concentração de Lisboa.
Na própria edição do dia 19 o Diário de Notícias – dirigido pela Luís de Barros e José Saramago (que saneavam os jornalistas a torto e a direito) – dava o mote no bloqueio do comício da capital, com esta larga manchete: "Povo e militares nas barricadas em defesa da Revolução".
A Intersindical convocava-os trabalhadores a "integrarem-se nas barreiras".
O PCP em comunicado, ia mais longe: "É preciso cortar o passo à reacção! É necessário levantar barragens para impedir uma marcha sobre Lisboa."
Apesar das barricadas, a Alameda transformou-se num mar de gente – da Fonte Luminosa às imediações do Instituto Superior Técnico